25 de out. de 2010

Mais do RRC Feminino

Mais uma matéria com a equipe feminina do RRC. Dessa vez foi no Blog do Torcedor, do JC online. Obrigada a Laura Cortizo pela matéria.

Meninas do rugby chamam atenção para o esporte

Com a Copa de 2010, o futebol, esporte número 1 do Brasil invadiu a África do Sul. O rugby, por sua vez, tradicional no país africano, ainda encontra pouco espaço aqui no país do Rei Pelé. Contrariando a falta de cultura para um esporte tão “violento”, 15 meninas do Recife se reúnem três vezes na semana para treinar. É a equipe feminina do Recife Rugby Clube, a Tubarões, única na capital pernambucana.

“As pessoas têm um pouco de preconceito com o rugby por achar que é um esporte violento. Mas não é bem assim. É um esporte muito completo, onde cada uma tem seu espaço dentro do campo, cada uma tem que ajudar muito a outra”, explica Renata Barros. A atleta lembra também que o fato de jogarem a modalidade Rugby Seven, com sete jogadoras em cada time em vez de 15, ajuda bastante a fazer do jogo mais tranqüilo, sem tanto bate-bate.

Muitas atletas participantes nunca tinham feito nenhum esporte, enquanto outras tantas já treinavam as mais diversas atividades, de handebol a natação, de futebol a balé. “Já joguei quase tudo e achei o rugby o esporte mais completo. Trabalha velocidade, força, companheirismo”, defende Giliane Souza, a Gica, um dos destaques da equipe pernambucana. Gica foi convidada pelo treinador da seleção brasileira de rugby para fazer um treino com o time nacional, convite que levanta a auto-estima da equipe, considerada uma das melhores do Norte-Nordeste. “Com uma de nós na seleção brasileira quem sabe não conseguimos um patrocínio”, destaca Gica.

A questão do patrocínio, inclusive, é uma das maiores preocupações da equipe, que agora faz rifas para arrecadar o dinheiro das passagens para São Paulo, onde vão disputar o campeonato nacional. “Como o esporte não tem muita visibilidade, é realmente difícil alguma empresa querer patrocinar as equipes de rugby aqui. Mas acredito que as Olimpíadas vão ajudar bastante na divulgação do rugby, contando inclusive com a ajuda do próprio governo”, acredita o treinador Ronnie Gilchrist. “Mas é importante lembrar que mais do que dinheiro e bolsas, é importante investir em estrutura”, pondera.

Sem sede, as equipes feminina e masculina do RRC fazem o treino do domingo no campo do Clube Universitário da UFPE. Com gramado muito duro, o espaço já foi motivo para diversas lesões dos atletas. Desde o final do ano passado, entretanto, os treinos das terças e quintas-feiras acontecem no campo do antigo Cefet, considerado pelo treinador como o melhor campo na Região Metropolitana do Recife. A qualidade do campo já está sendo sentida, não sequer uma atleta parada devido a lesão.

Ronnie
, há seis meses como treinador da equipe feminina, é o terceiro gringo que passa pelo Recife Rugby Clube. Antes dele o italiano Mirco Folli e o argentino Marcelo Blanco. Para o inglês, o desafio é popularizar o esporte, levando inclusive para escolas. “Como o rugby tem uma posição específica para cada tipo físico, é um esporte que levanta muito a auto-estima da criança. O mais gordinho é importante, o mais alto também, o baixinho também tem seu papel. Não tem estrelismo e ajuda a criança a ganhar confiança”, conclui.

*os treinos no CEFET acontecem na quarta e sexta e não terça e quinta como diz a matéria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário