O rugby é sempre comparado com superação, força de vontade, amizade e coração. Este estilo de vida não é exclusividade dos times comuns, mas também para um time de rugby formado por deficientes físicos.
Conheça agora o rugby em cadeira de rodas. O objetivo do rugby é marcar o gol, delimitado por dois cones verticais na linha de fundo da quadra. Entretanto, para fazê-lo é preciso passar a linha de gol adversária com as duas rodas da cadeira. O atleta deve, obrigatoriamente, segurar a bola. O início do jogo funciona como no basquete: dois atletas permanecem dentro do círculo central na disputa pela bola, jogada ao alto pelo árbitro. Os atletas podem conduzí-la sobre suas coxas, passá-la para um companheiro de time ou quicá-la.
O jogador pode ter a posse da bola por tempo indeterminado, mas precisa quicá-la pelo menos uma vez a cada dez segundos. O time que tem a posse da bola não pode demorar mais de 12 segundos para entrar no campo do oponente e 40 segundos para finalizar a jogada. Esta medida visa tornar a modalidade o mais dinâmica possível.
As partidas são divididas em quatro períodos de oito minutos cada. Entre o primeiro e o segundo quarto, há pausa de um minuto. Assim também ocorre entre a terceira e última etapas. Do segundo para o terceiro período, cinco minutos são dados para o intervalo. Caso o jogo termine empatado, uma prorrogação de três minutos é disputada. Durante o tempo normal, assim como no basquete, cada time tem direito a dois tempos técnicos e cada atleta tem direito a quatro tempos de 30 segundos. Na prorrogação, um tempo técnico fica disponível para ambas as equipes.
No Brasil existe uma Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC) que foi criada em 03 de março de 2008 com o objetivo de integrar socialmente as pessoas com deficiências severas através do esporte Com isso, o. Brasil participou apenas uma vez em um campeonato da modalidade, isso foi durante os Jogos Mundiais em Cadeira de Rodas, realizados na cidade do Rio de Janeiro em Setembro de 2005 pela ABRADECAR – Associação Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas.
A maioria dos times de rugby tem dificuldades em conseguir apoio financeiro e com eles não foi diferente. Infelizmente o país não conseguiu um bom resultado, devido à falta de equipamento para os jogos.
Com a extinção da entidade mãe, a ABRADECAR, a modalidade ficou sem fomento durante o período após os Jogos. Porém a semente que foi plantada e em 2005 criou frutos, nasceu o Centro de Referência Guerreiros da Inclusão, do Rio de Janeiro que insistiu em desenvolver a modalidade. No fim de 2006 surge outra uma nova iniciativa, outro grupo começou praticar a modalidade no aterro de Flamengo e depois se mudou para uma quadra em Deodoro, RJ. Mais tarde o grupo ficou conhecido como o Rio Quad Rugby Clube. Estes dois clubes pioneiros no Brasil ficaram isolados, e sem incentivo e orientação.
Em seu primeiro ano de existência a Associação, em parceria com o Comitê Paraolímpico Brasileiro, participou do Torneio Pré-Paraolímpico Canadá Cup 2008 onde representou o Brasil. Foi no Canadá que eles foram convidados para participar do primeiro torneio nas Américas, o Torneio Maximus na Colômbia, que foi realizado em novembro de 2008. A associação continua lutando pelas participações nas paraolimpíadas e este ano representou nosso país, mas não ganhou destaque.
O presidente da associação, Luiz Claudio Alves Pereira, realizou dois jogos no Rio de Janeiro, formou equipes em Santa Catarina, em São Paulo e em Campinas. Também realizou uma clinica de classificação, que teve 25 participantes e uma clinica de arbitragem, que contou com treze formandos.
Essa foi mais uma categoria de rugby no mundo. Até a próxima!
Liliane Santos
Fonte: http://rugbiabrc.org.br